A conspiração de Fiesco em Gênova, de Friedrich Schiller

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Na época em que lançou Fiesco, Schiller era um autor proibido. O já aclamado escritor tinha então 23 anos de idade e, apesar de ter-se formado como médico militar, teve um início de carreira conturbado. A medicina estava longe de ser sua vocação. Quando enfim tornou-se dramaturgo, lançou Os bandoleiros (Die Räuber, 1781), uma peça tão provocativa para a ordem estabelecida que lhe custou quatorze dias na cadeia e, ainda pior, a proibição de publicar qualquer texto que não fosse ligado à área médica. Na noite de 22 de setembro de 1782, Schiller aproveitou a ocasião de um grande banquete na casa do duque local para escapar de Württemberg para a Turíngia com um outro amigo. Daí em diante, eles nunca mais puderam voltar a seu estado-natal.

A Conspiração de Fiesco em Gênova foi o primeiro resultado de tal exílio. A peça trata "da condição pré-natal de uma revolução política iminente" (nas palavras de Maha El Hissy), inaugurando o ciclo de peças históricas ao qual o autor se dedicou pelo restante da vida. Schiller isolou o episódio da decaída da família Doria na Gênova republicana em 1547 para tratar de um dos temas preferidos do Sturm und Drang: aqueles momentos em que o senso interno de justiça em homens e mulheres geniais os forçam a quebrar a lei e costumes estabelecidos e alterar a História. Com o advento da Revolução Francesa sete anos depois, esse tipo de momento de reviravolta se torna o tema mais caro à filosofia da história de Schiller. Em um texto como "O que significa e com que fim se estuda a História Universal" (1789), escrito às pressas semanas após a Queda da Bastilha, temos as primeiras bases para a filosofia da história dialética que se consagrou com Georg Friedrich Hegel e Karl Marx.

Embora tenha enfoque em Giovanni Fiesco, nobre que liderou tomada de poder da Gênova do doge Andreas Doria, a peça começa como um emaranhado de abusos de poder particulares. Cada cidadão republicano ali retratado é alvo de alguma injustiça dos poderosos e se convence de que aquele governo tirânico precisa cair. Verrina, talvez o grande revolucionário da história, é um republicano apaixonado que quer vingar o estupro de sua filha única pelo sobrinho do Doge; já Fiesco quer aproveitar o vácuo de poder que surgirá com a decaída do doge para tomar Gênova para si; Calcagno luta pelo amor da esposa de Fiesco e pelo enfraquecimento da nobreza como um todo. E assim por diante. A multiplicidade vertiginosa de enlaces dramáticos é uma das características mais caras ao Sturm und Drang que, na pena de Schiller, é manuseada com maestria.

Depois do advento da Revolução Francesa, Schiller alterou o desfecho de sua peça em duas ocasiões. Nossa edição traz todos os finais alternativos, além de documentos sobre a recepção da peça (cartas, resenhas de jornais da época, etc).

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